terça-feira, 14 de maio de 2013

Folhinhas e outros seres da natureza...





Quinta de Silva Rato - Vilar de Pinheiro (Vila do Conde)





A folhinha Folhada

           Era uma vez uma folhinha, chamada Folhada.
           Um dia a Folhada chamou a vizinha e disse:
             - Acho que vem aí uma rajada de ventooooooo!
            E, logo a seguir, veio mesmo! A Folhada foi arrancada à sua árvore querida e foi sendo sempre arrastada, na frente daquela grande ventania, sem saber para onde ia!…
            - Socorro! Socorro!... – gritava a pobre da folha.
            Mas, depois de muitas outras folhas também terem caído das suas árvores, também elas iam sendo arrastadas ao acaso p’lo vento. Encontravam-se por baterem umas contra as outras, sem quererem, aos repelões. Todas queriam voltar para a sua árvore-natal, embora sem saberem como podiam fazer isso.
            A Folhada, desesperada, disse então:
            - Mariana Costa, atira cordas lá para cima!
            - Cristiana, forma um grupo de soldados!
            - Ok, Capitã!
            Com muito esforço, conseguiram fixar-se todas na mesma árvore. Não era aquela donde todas tinham vindo, mas era um lar…

            Francisca Cardoso, nº 11


...........................................................................................................................................




.
A folhinha Ritinha

          Era uma vez uma folhinha muito aventureira. Um dia chega o outono e a folhinha, chamada Ritinha, que era muito linda, disse para a árvore:
          -Adeus amiga árvore! Está na hora de uma aventura.
          -Então, adeus, amiga folhinha Ritinha! - respondeu a árvore.
          E a folhinha soltou-se no ar dizendo:
          -Uma aventura vai começar…
          Mas, de repente, aparece uma outra folhinha, chamada Mariana Sousa, que lhe perguntou:
          -Onde vais?
          -Vou viajar por muitos lugares - disse a Ritinha.
          -Posso ir contigo?
          -Sim podes.
          E foi assim que a Marina Sousa e Ritinha se tornaram as melhores amigas.
     
Joana Lopes, nº 17
....................................................................................................................................

A Grande Aventura


          Era uma vez uma folha, que tinha medo de se largar! Mas, depois, enfrentou tudo e lá foi pelos ares.
          Aterrou no meio do mar, num bloco de gelo e ficou com tanto frio que pensou que ia congelar! A sorte é que apareceram um louva-a-deus e uma cigarra, que a ajudaram a aquecer-se dentro de um iglu! 
          Mal o vento voltou a soprar, os três amigos voaram para muito longe e foram parar a  uma quinta de um colecionador de insetos e folhas!
          Eles ficaram cheios de medo, mas, subitamente, o vento resolveu ajudá-los e soprou outra vez, fazendo-os voar para outros lados. Desta vez, aterraram perto de um vulcão prestes a entrar em erupção! A lava já começava a subir o cone vulcânico e acabou por queimar uma das patas da cigarra, coitada!
          O vento apercebeu-se do desespero deles e, para os salvar, soprou com muita força, levando-os mais uma vez pelos ares.
          Desta vez aterraram num navio de carga, que se estava a dirigir para o cais mais próximo daquelas paragens e eles ficaram aflitos, pensando que podiam ir parar ao oceano, pois havia uma máquina giratória, colocada próxima de uns caixotes virados ao contrário, e eles estavam pousados no caixote mais próximo dela...
          O vento, com pena, tornou a levantar-se e eles acabaram por serem levados para outro lado: um campo de futebol, onde jogavam uma partida renhida o Manchester United e o Bayern de Munique.
          Como ficaram aflitos! Achavam que iam morrer se algum dos jogadores os calcasse no meio do entusiasmo do jogo!...
          Por isso, o vento achou melhor tornar a levá-los pelos ares e, desta vez, levou-os para a casa deles.
          Ficaram todos muito felizes por estarem de volta ao seu cantinho e perceberam que esta foi a sua melhor aventura de sempre.
          Finalmente, puderam levar a cigarra a um médico, que lhe curou a pata há tanto tempo queimada e dorida.
Leandro Moreira, nº19
...................................................................................................................................





A folha



Era uma vez uma folha, que caiu da sua árvore e que, por segundos, ouviu a dona da árvore a varrê-la. Então, ela exclamou:
-Ai, cuidado!
A mulher, admiradíssima, perguntou à folha:
- Tu falas?!
- Sim, sou uma folha mágica e vim do Reino das Folhas Mágicas.
- E como vieste aqui parar? - Perguntou a mulher.
-Plantaram uma árvore mágica aqui, por engano; foi por isso que vim aqui parar.
De repente, ligaram à senhora e disseram-lhe:
-A folha, que a senhora tem na mão, vai desaparecer.
Ela pensou um pouco e depois achou que isso seria impossível. Mas, de súbito, puf!… a folha desapareceu mesmo e nunca mais ninguém soube dela!...
Mariana Azevedo, nº21


Sem comentários:

Enviar um comentário