O Leão e a Rosa
(Numa floresta)
Leão (cantando) – Eu vou conquistar uma leoa e nós vamos ser muito
felizes! (ouvindo alguma coisa a chorar
decide ir descobrir o que é)
Rosa (chorando) – Ai! A minha vida agora está a ficar muito má! Ai, que
desgraça!
Leão – Que barulho é este? Vou
ver o que se passa ali. Quem és tu?
Rosa – Ai! Não me comas, é o que
eu te peço!
Leão – Eu não te vou comer, fica
descansada, só te vou ajudar. O que se passa? Porque é que estavas a
chorar?
Rosa – Sabes, aconteceu um
desastre à minha família e agora não sei onde eles moram! Estou perdida!...
Leão – Eu ajudo-te, não te
preocupes! Irei defender-te sempre!
Ana Inês Moreira, nº 1
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O Leandro e a Túlipa
(Num jardim de uma casa, muito bonito, um
menino com uma roupa casual, está a brincar)
Túlipa – Ei!
Aqui!
Leandro (procura de onde vem o som)
Túlipa – Aqui em
baixo.
Leandro (espantado) – Uma flor a falar?! Que
estranho! Olá.
Túlipa – Olá.
Como é que te chamas?
Leandro – Eu
chamo-me Leandro. E tu?
Túlipa – Sou a
Tulipa.
Leandro – Queres
ir passear? Eu meto-te num vaso.
Túlipa – Claro
que quero. Vamos lá!
(Leandro vai buscar um vaso e muda-a. Vão a
um parque).
Túlipa – Que sítio
tão lindo! Nunca o tinha visto.
Leandro – Eu
venho cá muitas vezes, com os meus pais e os meus irmãos, e depois vamos ao Café Colmeia.
Túlipa – Eu já
não tenho pais, mas tu és um ótimo amigo. Adoro-te!
Leandro –
Obrigado, também te adoro. Nunca te vou esquecer.
Túlipa –
Igualmente! Vamos embora?
(Foram para casa
e o Leandro pôs a tulipa no jardim outra vez).
Leandro – Tenho
de ir, mas, a partir de agora, vou visitar-te todos os dias.
Rita
Carneiro, nº 2
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O Gil e o leão
trapalhão
Cena I
(Trilho montanhoso na Florida)
Gil (para os seus botões):
Apetece-me dar uma caminhada! Acho que vou seguir por este caminho tão
verdejante e lindo!...
Leões selvagens 1 e 2 (em coro):
GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!
Gil: Aiiiiiiii! Que rugido é
este?! Se calhar é melhor seguir pela Floresta Encantada…é, acho que vou fazer
isso.
Cena II
(Através da Floresta Encantada)
Gil: Bom dia! És tão bonita! Como
te chamas?
Fada Rosa: Obrigada pelo elogio!
Eu sou a Fada Rosa, protetora das flores silvestres desta floresta. E tu? Quem
és? Que andas por aqui a fazer?
Gil: Eu sou o Gil. Apeteceu-me
dar uma caminhada, mas meti por aqui porque tive medo de um rugido selvagem,
que ouvi há pouco…
Fada: Ah, isso deviam ser os
leões selvagens!
Gil: Le-le-le-ões
sel-sel-vagens?! Ai, que medo!
Fada: Ah-ah-ah! Não te preocupes!
Eu não deixo fazerem-te mal. Olha, pareces-me simpático. Queres ir até à Festa
do Chá das Onze do Malmequer? Estão lá todos os seres encantados desta
floresta. Acho que ias divertir-te.
Gil: quero, pois!
Cena III
(Clareira Encantada. Festa do Chá)
Gil: ih! Tantos convidados! Está
tudo tão bonito!
Fada: Anda, vou apresentar-te aos
unicórnios prateados, aos anões centenários e aos elfos dourados. Queres?
Gil: Claro!
Fada: Amigos, este é o Gil. Vamos
dar-lhe as boas-vindas da nossa floresta?
Fadas, anões, unicórnios e flores
(ao mesmo tempo): Olá, Gil! Bem-vindo
à nossa floresta!
Malmequer: Anda beber um chazinho
de roseira brava branca! Vais gostar, vais ver!
Gil: Muito obrigado! És muito
simpático!
Leão selvagem: GRRR!... GRRRR…
Todos os convidados:
AIIIIII!!!!!!!!
Leão: Não fujam! Estou sozinho e
muito triste! Só sei falar com este rugido…os outros leões acham-me feio e não
me ligam! (chora)
Fada: Ai é? Olha, anda para a nossa
festa. Se prometeres que nos proteges e não nos fazes mal, podes ser nosso
amigo. Que dizes?
Leão: Ai, que bom! Vou ter
amigos!!! Claro que vos protejo!...
(Festa dura até à noite. Depois cada um vai para casa)
Beatriz Oliveira, nº 4
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O Dinis e o Cogumelo
(Um quintal. Um menino, com um fato de
treino azul, a regar as plantas da horta.)
Cogumelo:
Boa tarde, Dinis!
Dinis
(admirado): Tu falas?!
Cogumelo
(olhando espantado para o menino):
Não sabias que os cogumelos falavam?!
Dinis:
Não!
Cogumelo:
Então, rega-me e eu converso contigo, para te contar anedotas.
Dinis:
Sim! Pode ser!
(O menino rega o cogumelo, com cuidado, e depois deita-se na relva.
Cogumelo conta um belo conto ao menino.)
Dinis: Ah! Ah! Ah! Está demais!
Adorei!
Mãe: Diniiiiis! Anda jantar!
Dinis: Adeus, cogumelo!
Cogumelo: Até amanhã, Dinis!
(No dia seguinte)
Cogumelo: Dinis, rega-me, por
favor! Está imenso calor!
Dinis (pegando no regador e regando o cogumelo): Pronto, está melhor?
Cogumelo: Uf!!!! Muito melhor! Obrigado!
(Depois senta-se e começam ambos a conversar. A partir daí, isto
repetiu-se muitos dias e eles ficaram grandes amigos para sempre.)
Bruna Marques, nº 5
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O Cão e a Menina
(Certo dia, uma menina estava a passear na
rua. Entretanto, viu um cão, solitário.)
Menina: Oh, meu pequenino! Tão sozinho!
Cão (assustado): Au! Au!
Sim, estou, porquê?
Menina (triste): Por nada.
Chau!
Cão: Chau!
Menina: Mãe, eu vi um cão! Podemos ficar com ele?
Mãe (assustada): O quê? Um cão?!
Menina: Sim, mãe! Um cão! Por favor!
Mãe: Está bem.
(A menina foi ver se o cão ainda estava onde
ela o tinha visto antes e estava. Ficou toda contente)
Menina: Olá! Queres vir comigo?
Cão (alegre): Está bem.
(Chegam a casa.)
Mãe: Que lindo cão!
Menina: É, não é, mãe?
(O cão mostra-se contente por ter uma
família com quem estar e todos vivem felizes.)
Cristiana Almeida, nº 6
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A menina e o cogumelo
(Uma floresta. O cogumelo está a cantar e a dançar ao som do vento.
Entra a menina).
Menina – Que lindo dia que está!
(O cogumelo não se apercebeu que ela estava lá, portanto, começou a
falar consigo mesmo).
Cogumelo – Ai! Estou cheio de
sede! Vou à nascente beber água!
(E a menina, assustada com aquela estranha voz, gritou).
Menina – Aaaaaaaaah! Que
susto!...
Cogumelo – Não te preocupes! Fui
eu que falei.
Menina – Sim, eu sei. Mas isso é
muito estranho! Muito esquisito!
(A menina, com medo, recua, tropeça e cai na nascente. O cogumelo,
aflito, vai chamar os seus amigos).
Cogumelo – Por favor! Venham
ajudar-me!
(Os amigos dele vieram em seu socorro)
Cogumelo – Preciso que me ajudem
a tirar esta menina daqui!
(Os cogumelos pegam nas lianas, que estão nos bastidores, e salvam a
menina)
Menina – Muito obrigada! Querem
ser todos meus amigos?
Cogumelos (em coro) – Sim!
(Depois fizeram uma festa)
Daniela Santos, nº 7
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O cão Amigo
Cena I
(O Gonçalo acorda atrasado. Dirige-se à
cozinha e encontra Farrusco, o seu cão.)
Gonçalo: Olá, Farrusco! Dá a patinha, dá!
Farrusco (dando
a pata): Olá, Gonçalo! Então, és tu que me vais levar a passear?
Gonçalo: Sim, sou eu. Anda lá pôr a trela, para irmos
passear.
(vão para a rua.)
Cena II
Gonçalo: VÁ LÁ, Farrusco, despacha-te a fazer chichi,
para irmos comer à McDonald’s! Bem,
tu vais ficar preso cá fora, mas eu trago-te um Big Mac, não te preocupes!
Farrusco (despachando-se):
Que bom!!! Big Mac! Eu adoro!
Gonçalo: Eu sei! Então, despacha-te!
Farrusco: Sim, sim…já está! Vamos embora!
Cena III
(Na McDonald’s.).
Gonçalo: Menina, quero dois Big Macs, por favor!
Menina: Aqui está o que pediu! São cinco euros.
Gonçalo: Obrigado! Aqui está! Confira as moedas, por
favor!
Menina: Está tudo bem. Obrigada! Bom apetite e até à
próxima!
Gonçalo: Obrigado, eu! Adeus!
(À porta da McDonald’s.).
Gonçalo: Aqui está, Farrusco!
Farrusco: Muito obrigado! Adoro-te!
Gonçalo: Eu também te adoro, sabes?
Farrusco: Hum! Que delícia!
Gonçalo: É mesmo!
Diana Moreira, nº 8
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O João e o cão dele
(Um menino, chamado João, e o seu cão andavam
a passear.)
Cão: Obrigado por me teres levado
a passear!
João: De nada! (Dando um abraço)
Cão: Devíamos fazer isto mais
vezes!
João: Anda, agora vamos continuar.
(Então, o João caiu e não se conseguia levantar.)
João: Ajuda-me! Ajuda-me!
Cão: Eu ajudo-te a levantar!
(Eles foram ao hospital porque conheciam lá um malmequer doutor.)
João: Ajuda-me, Malmequer!
Malmequer: Eu ajudo-te.
Cão: Vamos para casa, que já estás
melhor!
João: Ok!
(Ao irem embora)
João: Obrigada, por me levares ao
hospital!
Cão: De nada!
(O Malmequer foi visitá-lo)
Malmequer: Olá! Já estás curado?
João: Estou, sim! Obrigado por me
ajudarem!
Diogo Carvalho, nº 9
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A amizade
(Uma casa grande e nova, com quintal e muitas plantas lindas)
Homem – Olá! Olá, minhas lindas
plantas! (As plantas não respondem e o homem continua a insistir) Olá! Olá!
(Continua a insistir) Olá! (como vê que as plantas não respondem, para de
insistir, seiva as plantas).
(À noite)
Planta um – Já viste que o homem
é mesmo chato? Passa a vida a embirrar connosco!
Planta dois – Não é nada. Ele
gosta muito de nós. Tu é que és uma pessimista. Eu também gosto muito dele.
Planta três – Eu discordo. Nem
concordo com uma nem com a outra. Por um lado, ele gosta de nós, isto é, quando
ele fala connosco, ele gosta de nós, mas, quando nos come, é sinal de que não
gosta.
(começa a amanhecer)
Homem – Olá! Dormiram bem, minhas
lindas? (o homem não insiste)
Planta um – (começa a gemer) Ai!
(Mais um dia de amizade entre o homem e as plantas)
Filipe Monteiro, nº10
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(Na selva.)
Hugo (para a sua família):Ena! Tantos elefantes!!!...
(À
noite. Hugo escova os dentes e deita-se)
Hugo: Até amanhã!
Esposa e duas filhas: Até amanhã!
(A meio da noite.)
Animal: GRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!
Hugo (assustado): Que-que-que foi isto, mulher?!
Esposa: (a tremer, agarrada a Hugo): Sei-sei-sei lá,
homem! É um bicho! Vai ver tu, que eu tenho medo!!!...
(Hugo
espreita e sai.)
Hugo: Não vi nada nem ninguém! Que terá sido isto?
Vou mas é deitar-me, estou cansado!
(Nas
noites seguintes o casal continua a ouvir rugir.)
Animal: GRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!
(Durante
o dia, para o vizinho)
Hugo: Ai, vizinho! Que aflição! Nunca vejo nada nem
ninguém e todas as noites eu e a minha esposa acordamos com um rugido à porta
de casa!!!
Vizinho: Tem a certeza de que não está a sonhar ou a
imaginar coisas? (vizinho faz gesto de Hugo está maluquinho para o público).
Hugo: Não! Ouço mesmo, não é mulher?
Esposa: É, vizinho! É verdade! Todas as noites!
(Durante
a noite de 27 de Agosto)
Hugo: Ouviste, mulher?
Esposa (tremendo): Ouvi, ouvi! Outra vez!
Hugo (irritado): Vou lá fora! Chega!...
(Depois
de cerca de meia-hora)
Hugo (com algo na mão): Aha!!!... Eu sabia!... Vês,
mulher? Era um leopardo bebé!
Esposa: Coitadinho!
Hugo: Vamos cuidar dele e depois, quando for adulto,
vai para a selva, que dizes?
Esposa: Boa ideia, marido!
(Assim
fizeram.)
Francisca Cardoso,nº 11
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O menino e o cão
(Numa sala, onde a família toda se reunia, reúnem-se outra vez, na
noite de Natal, mas apenas um menino e um cão)
Menino (camisa azul clara, com calças de ganga azuis e sapatilhas pretas, falando
para si mesmo) – Quem me dera ter um amigo aqui ao pé de mim! Mas não
tenho! (chorando)
Cão (pelo castanho claro, orelhas pretas e coleira verde) – Não chores,
eu estou aqui!
Menino (espantado) – Mas… Cão, tu falas?!
Cão – Sim, o que pensavas? Que eu
era apenas um cão?
Menino – Sim. Olha, não sou boa
companhia, sabes? Estou triste, não tenho amigos aqui…
Cão – Se tu quiseres, eu sou teu
amigo. Aliás, o cão até é o melhor amigo do Homem.
Menino (Sorrindo) – Claro que quero!
(Eles brincaram muito, ficaram os melhores amigos de sempre e todos os
dias o menino brincava com ele)
Francisco Moreira, nº
12
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O menino e a chita
(Passeando pela savana)
Menino (com medo) – Olá chita! Está tudo bem?
Chita – Olá! Eu não te vou fazer
mal, podemos ser amigos.
Menino – Es-está bem, mas não me
comas! (com coragem)
Chita – Vamos brincar?
Menino – Sim.
(passam-se horas)
Chita – Vamos comer, estou cheia
de fome!
Menino – Também acho! (com fome)
Menino (maldisposto) – eu não gosto muito de carne crua… (a não querer comer)
Chita – Experimenta. Vais ver que
te habituas.
(Menino comeu muitas vezes e habituou-se. Tornaram-se muito amigos.)
Henrique Oliveira, nº 14
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O
cogumelo e o amigo
João (para si mesmo): Já que todos
fogem de mim, vou dar uma voltinha por esta floresta!
(Mais à frente)
João: Oh! Esta pedra está a esmagar
um cogumelo! Coitado!
(O menino chuta a pedra)
Cogumelo: Ai as minhas raízes! Vou
fugir enquanto posso!...
Menino – Espera! Então, eu
ajudei-te e tu foges de mim?!
Cogumelo: Pensei que me querias
fazer mal… Desculpa! Estou sozinho no mundo, um dia os meus pais
abandonaram-me!... E agora? O que é que eu faço?!
João: Vamos procurá-los juntos, queres?
Cogumelo: Ai, que bom! Claro que
sim!
(Percorrem a floresta e encontram-nos. Ficam
amigos para sempre.)
Inês
Rodrigues, nº 16
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A planta e o animal
(Um bosque lindo, com um rio limpo, árvores altas e belas flores)
Cogumelo (tronco
cinzento e cabeça vermelha, com bolas brancas, falando para o público) –
Ai! Lobo! Cuidado! Não me vês?! Quase que me pisavas!...
Lobo (castanho, olhos pretos
e garras afiadas) – Desculpa, não te vi!!! Estava com pressa.
Cogumelo (assustado)
– Pois e por causa disso quase me mataste!!!
Lobo (a correr) –
Agora estou mesmo com muita pressa, tenho de correr!
Cogumelo - Adeus Lobo.
Lobo (acenando) –
Adeus!
Cogumelo (começa a
chorar) – Ai! Ai! Que sorte a minha! Vou morrer a qualquer altura!
(Daí a umas horas)
Lobo - Amiguinho, salta para as minhas costas e vamos embora
daqui!
Joana Lopes, nº 17
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Cena I
(No parque)
Rúben - O que é isso?
Filipe – É um mapa que estava na
caixa de areia.
Miguel – Então, vamos lá
encontrar o tesouro?
Rúben e Filipe – Vamos.
Miguel – Acho que é por aqui…ui!
Um buraco!... (tropeça e quase cai).
Rúben e Filipe- Então? (seguram-no)
(Prendem cordas numa árvore, passam-nas pela cintura e vão descendo ao
buraco, com as lanternas a apontar caminho)
Cena II
Miguel- Que é isto?! É uma caixa
de armas!
Filipe – Será que vão aparecer
monstros?
Rúben – Às tantas…
(um animal espreita à entrada do buraco. É um puma e os amigos ficam
com medo)
Miguel- E se disparássemos para
afugentar o bicho?
Filipe e Rúben (em coro) – Isso!
(Disparo. O animal assusta-se e eles ficam com pena dele)
Miguel- Oh! É manso!...
Filipe – Coitadinho!
Rúben – Vamos subir e ajudá-lo.
Aqui não tem tesouro nenhum!...
(O puma e os três ficaram amigos.)
Jorge Machado, nº 18
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Cena I
(Um lindo dia, num canteiro de flores.
Aparecem um ser humano e uma vaca.)
Vaca: Então, amigo humano, estás bem?
Humano: estou óptimo.
Vaca: Queres tentar apanhar borboletas?
Humano: Claro que quero!
(vão ambos buscar as redes para apanhar borboletas e
partem à caça delas.)
Vaca: Está ali uma! Vamos depressa para a apanharmos!
Humano: conseguimos! Já temos uma para a nossa
coleção!
(Passado mais algum tempo)
Vaca: já temos borboletas que cheguem para a nossa
coleção!
Humano: Então, vamos comprar um frasco.
(As luzes apagam-se e muda o cenário).
Cena
II
(No Mercado.)
Vaca: Este é que é o mercado que só vende frascos? Sabias que eu nunca
estive num sítio com tantos frascos assim?
Humano: É. Olha, vamos comprar aquele ali? (apontando) Que achas?
Vaca: Vamos! É mesmo daquele que precisamos!
(Compram o frasco).
Humano: Já comprámos o frasco, que queríamos, agora vamos voltar, está
bem?
(Voltam para o canteiro de flores, põem as borboletas no frasco e cada
um vai para sua casa.)
Leandro Moreira, nº 19
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O André e o tigre
André (menino que gosta muito de
animais) – Olá, senhor tigre, o que se passa?
Tigre – Aleijei-me numa pata!
Podes ajudar-me?
André – Claro que posso, mas como
é que se aleijou?
Tigre – Eu estava a andar na minha
jaula e tinha lá uma pedra. Eu calquei-a e aleijei-me.
André – Vamos ver se consigo
curar. Não deve ser difícil.
Tigre – Já agora, como te chamas?
André – Eu chamo-me André.
Tigre – Era só para agradecer o
que fizeste por mim. Estou a sentir-me muito melhor e penso que podemos ser
grandes amigos.
André – Agora tenho de ir embora.
Chau!!!
Tigre – Chau!!!
Mariana Silva, nº 20
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A Margarida e o
Malmequer
Margarida: Que lindo malmequer!
Malmequer: Queres brincar comigo?
Margarida (indecisa):
Sim…pode ser, mas tenho de falar com a minha mãe, ok?
Malmequer: Sim!
(Margarida
dirigindo-se à mãe)
Margarida: Posso ficar com este malmequer, mãe?
Mãe: Sim, mas vais ser tu a tomar conta dele, está
bem?
Margarida: Ok!
(O Malmequer
e a Margarida ficam juntos. Vão para o quarto da Margarida e falam das suas
vidas.)
Margarida: Malmequer, conheceste a tua mãe?
Malmequer: Sim, mas porquê? (envergonhado)
Margarida: Por nada, é que eu já estive muitas
pessoas que não tinham conhecido a sua mãe ou o seu pai, só por isso.
Malmequer: E tu?
Margarida: Eu estou com a minha mãe, como viste, mas
também conheci o meu pai.
(Triiiiiiiiiiiiim-triiiiiiiiiiiiiiim!.
Ouve-se a campainha)
Margarida: Eu vou lá, mãe!
Mãe: Quem é?
Margarida: É o pai!!!!!!!!!!!!... (olhando para o Malmequer) Pai, pai, olha a
minha amiga nova! Apresento-te o Malmequer, a minha amiga flor!
Pai: Vai mas é pôr isso no quintal!
Margarida: Mas…mas…
Pai: Não é “mas nem meio mas”. É JÁ!
Margarida: Vou falar com a mãe! (chorando) Mãe, mãe! O pai não me deixa ficar com o malmequer!...
Mãe: Mas eu deixo, podes ficar com a tua amiga.
Margarida: Obrigada, mãe! Adoro-te!
Pai (furioso):
A tua mãe deixou-te ficar com isso, mas tens de tomar conta da tua amiga. Se eu
vir mais alguém a fazer isso, esquece, ponho-a lá fora!
Margarida: Vis ver como não te vou desiludir, pai!
(E
correu mesmo tudo bem.)
Mariana Azevedo, nº 21
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O Peixe e Isabel
Cena I
(Um
dia bonito. Ao balcão de um café)
Isabel – Por favor, pode dar-me um
pacote de pipocas e dois sumos?
Empregada (não responde. Continua a
limpar a máquina do café)
Isabel (repetindo) – Minha Senhora,
por favor, pode dar-me um pacote de pipocas e dois sumos?
Empregada (não responde. Continua
nas limpezas)
Isabel – Minha Senhora, por favor,
pode dar-me um pacote de pipocas e dois sumos? Já pedi várias vezes…
Empregada – Bem, bem…como até és
educada, toma lá.
Isabel – Obrigada! Aqui tem o
dinheiro.
Cena II
(Isabel no bosque. Na margem do regato)
Isabel - Peixe, meu amigo Peixe!
Sou eu, a Isabel!
(Peixe não aparece)
Isabel - Peixe, meu amigo Peixe!
Sou eu, a Isabel! Por favor, aparece!
(Peixe não dá sinal de vida)
Isabel (muito zangada) - Tu faltaste à tua promessa!
Nunca mais vou querer saber de ti!
(O
peixe aparece e põe-se atrás dela, que não o vê)
Isabel - Vou-me embora! Ora… ai! (voltando-se
vê o peixe a retirar-se também) Oh, Peixe! Então, tu também estavas aí? Não
te tinha visto! Desculpa!
Peixe – Estava e já me ia embora…
Isabel –E se fôssemos conversar para o outro lado do regato?
Peixe (hesitando) – Achas que é
boa ideia?
Isabel – Sim. Não queres?
Peixe – Está bem. Então, vamos.
(Encontram
uma clareira, sentam-se e lancham, conversando alegremente)
Mariana Sousa, nº 22
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O Miguel e a Planta
(Um
campo, afastado da cidade, com árvores, flores, muita erva verdinha e uma só
casa)
Miguel (à
camponês, de castanho, para o público): Vamos apresentar uma peça de teatro
chamada “ O Miguel e a Planta”, escrita por Pedro Aguiar.
Miguel (já a
meio do campo, jogando futebol): Fogo! Raio de planta! (dando-lhe um pontapé) Não tens cuidado?
Planta: Devias saber que esta é a minha casa!
Miguel: Quero lá saber! A minha avó comprou este
pedaço de terra junto com a casa dela!
Planta: Não me fales assim!
Miguel: Está bem! Desculpa!
Planta: Queres ajudar-me? É que, se reparares, os
animais andam a comer as plantas quase todas deste campo!...
Miguel: Que animais?
Planta: Um cavalo.
Miguel: Vou tentar ajudar.
(O rapaz
dirige-se ao cavalo, castanho, que pasta, abandonado, do outro lado do campo)
Miguel: Ó Cavalo, porque queres comer aquela planta
do outro lado? Ela é minha amiga!
Cavalo: Eu não quero comê-la, mas preciso de me
alimentar de ervas, senão morro! Tenho de pastar…
Miguel: Vamos fazer um acordo, então, pode ser?
Cavalo: Sim.
Miguel: Tu só comes deste lado do campo e não vais
para ali, combinado?
Cavalo: Combinado!
Pedro Aguiar, nº 24
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O Rúben e o carvalho
(Um jardim, com muitas árvores, entre as quais um carvalho enorme)
Rúben - Eu gostava que o carvalho
falasse!
Carvalho – Eu falo, Rúben.
Rúben (assustado) - Carvalho, tu sabes o meu nome?! E tu também falas?!
Carvalho – Sim, falo e sei o teu nome.
Rúben – Como sabes o meu nome?
Carvalho – És o melhor jogador de
badmínton.
Rúben – Mas quem te disse?
Carvalho – Todas as pessoas
gostam de ti, mas só te aviso, fala baixo!
Rúben – Porquê?
Carvalho – Senão, todas as
pessoas talvez venham atrás de ti.
Rúben – Não vêm.
Carvalho – Então, fala alto.
Rúben – Ha, ha! Sou o Rúben.
(Várias pessoas vieram atrás de mim. Tive de dar vários autógrafos.)
Rúben Soares, nº 26
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A Mariana e as rosas
Cena I
(Num jardim. Uma
roseira cujos ramos são varinhas de condão.)
Mariana (camisa azul e branca,
calças e sapatos azuis, passeando pelo jardim): Uma roseira! Que bonita que ela é!
Rosas um (branca)e dois(vermelha)
– Também falamos!
Mariana (assustada, recua): - E
sabem fazer mais alguma coisa?
Rosa um – Sim, sabemos! Toca num
dos nossos ramos.
Mariana (Toca e desmaia): Ai!
Cena II
Mariana – Onde é que eu estou?
Rosa dois – No mundo das rosas.
Mariana – O que é isso?
Rosa um – Olha, um mundo! O que é
que achavas que era? Um Kit-kat?...
Mariana (ri-se junto com as
rosas): - Não! O que é que viemos aqui fazer?
Rosas um e dois (ao mesmo tempo) – Dar passeios pelos
mundos! Vamos.
(Durante algum tempo andam a passear)
Mariana – Já nos divertimos
muito. Agora vamos embora?
Rosas 1 e 2: Claro!
(E Mariana volta ao seu mundo)
Sofia Vale, nº 27